Venho pela liberdade que me é dada aqui de fazer uns comentários, sobre um livro que li apenas o resumo. De Jacob Bazarian, "O Problema da Verdade" de 1985. Onde definiu questões da Filosofia, como exemplo, os objetos ligados a Ontologia. Quando ele nos fala sobre dois fatores, denominados de ontológico e gnosiológico. Desta forma o aspecto Ontológico, é a relação do Ser, o pensamento, a materia e a consciência. Ou seja o elemento fundamental do mundo, em que vivemos. Já no aspecto Gnostológico, é tratado sobre o mundo exterior. Notadamente que temos conhecimentos sobre o mundo que nós cerca. Todavia Bazarian, ao meu ver, vem por tempos observando este mundo que nos rodeia, os fatos, fenômenos e objetos, desta forma ele os engloba em duas categorias, gerais e abstratas. O "Ser" e o "Pensamento". Dentro dos fenômenos espirituais, das idéias, da própria consciência, da sensibilidade, das emoções, neste caso existem duas categorias, Material e Espiritual. Notadamente para o autor, a filosofia é fundamentalmente Universal e engloba a concepção do mundo como um todo. Se caminharmos no plano Ontológico, obrigatoriamente teremos que enveredar pelo caminho primário e determinante do conhecimento humano. Neste ponto Bazarian, nos cria um obstáculo, ao fazer algumas perguntas, como: A relação entre a matéria e a consciência é a questão fundamental da Filosofia? Isto é, o pensamento que determina o Ser, ou ao contrário, é o Ser que determina o Pensamento? E para complicar mais, vem a seguinte indagação: Qual o fator primário e determinante ao conhecimento humano, o objeto ou o sujeito?
Para finalizar aqui meu comentário (sem noção) do resuno desta obra digo quê: as doutrinas filosóficas podem se dividir e se redividir, por tanto quando a questão é o plano Ontológico e o Gnosiológico, a resposta sempre será a mesma. Idealismo ou Materialismo.
Um comentário:
Idealismo e Materialismo: maneirismos do mesmo estado de ser. Há quem nos fale de ideologia e quem nos fale de dialética, ultrapassando as questões essenciais. Não é preciso voltar à epistemologia das palavras.
Basta-nos ser simplórios e voltarmos à caverna platônica: o que vejo nada mais é que a sombra do que eu mesma projetei. No mundo das idéias, tudo posso, tudo sou. No plano concreto, sou tudo que materializei lá mesmo, no meu plano ideal.
Filosofia sempre haverá de ser conversa de mesa de bar. Por isso mesmo, uma das melhores há ser discutida.
Mas, resumo assim: eu tenho asas e tu não tens. Eu posso voar e caminhar pelo chão, enquanto só podes caminhar e esperar que eu desça. Até aí, estamos no Idealismo. Eu demoro a descer e atiras em minhas asas com arpões, forçando-me a cair e partilhar do chão contigo: começa o Materialismo, simplesmente.
Ambos se complementam, obviamente. Mas prefiro reinos oníricos à concretude desta dimensão. :)
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